Pular para o conteúdo principal

Mercado Paralelo

No coração da metrópole
contrastes de uma vida dupla:
De dia
uns vendem sonhos irreais
outros cd’s piratas, negócios imaginários, truques mágicos…
presentes a hum e noventa e nove
felicidades múltiplas
mapas do tesouro
guias da cidade
empreendimentos mirabolantes do outro mundo…
cachorros-quente deliciosos
churrascos gregos saborosos aos olhos famintos
espetinhos de gatos vadios incandecentes…
A sorte cigana e o futuro na palma da mão
malabaristas da vida num show de emoção
dinheiro fácil ao alcance de todos
pagamentos restritos com juros de mora ao dia…
Uns pedintes com carteira profissional
outros artistas amadores de falcatruas sem registro…
Na noite
uns oferecem prazeres múltiplos a preços módicos
outros amendoins torrados, incensos indianos e loiras geladas…
medos constantes na penumbra das ruas
crenças infinitas no passar dos dias
olhares assustados
corações disparados
gritaria nos bares…
Tristezas solitárias no choro de alguém que tem fome
fome de vida e sobrevivência no coração da cidade
que pulsa em duplicidade escondida…
Na cidade paralela
todas as putas tem caras de patas
todas as bichas com caras de beco/de vacas
todos os pretos com ares de gueto
todos os postes regados de odores
do dia da noite
tranversais da vida…

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

...QUANDO ME OLHAM PENSAM QUE EU PENSO PEQUENO MAS, NA VERDADE EU PENSO GRANDE SEM TENTAR SER ARROGANTE SEM ACHAR QUE EU SOU GIGANTE !... NÃO ME ORGULHO DE SER DIFERENTE ME ORGULHO DE NÃO SER IGUAL...

Incompatibilidade De Gêneros

Toda vez que eu te vejo você some Toda vez que eu te quero você come Toda vez que eu te pego você foge Toda vez que eu acordo você dorme Toda vez que eu ressuscito você morre Toda vez que eu apareço você corre Toda vez que estou  lúcido você porre Toda vez que estou dentro você fora Toda vez que enlouqueço você coma Toda vez que eu enxergo você cega Toda vez que eu gemo você grita Toda vez que eu tento você nota Toda vez que eu choro você sorri Toda vez que eu preciso você nem aí Toda vez que eu peço você sorry...

O nú é o meu traje de gala

Dor de cabeça noite adentro Duas bocas se fundem em orgasmos salivares Busca frenética do novo e desconhecido Seres estranhos na notícia de primeira página: Duelo de Titãs entre o sono e o elástico da lingerie apertada agressão gratuita ao que há de mais belo: o corpo Alguns passos adiante no ponteiro do relógio pressão caindo e adrenalina oscilando entre o desepero e a insuficiência cansaço dos corpos aprisionados em vestes diuturnas e sociais - quisera voltar pra selva ou pra barriga da mamãe ! mar de cabelos em minha boca e os pés transpiram sem o sentido do tato sob meias de lycra minha mão/boca/corpo repousa sob seios graciosos e macios ocultos e não revelados sob panos opressores menina bonita e criança que enredo em meu peito e adormeço Vontade de recriar a noite sem dores, sem medos, sem roupas, sem prazo para desligar os corpos que busquem descobrir-se por inteiro…vontade de fundir olhos corações poros e descansar de prazer no infinito… pra Epiphany