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ENTEDIADO NO FERIADO

Passeando pelas ruas vejo automóveis reluzentes esgueirando-se em meio ao trânsito caótico não muito apresentável, escondendo-se na vergonha de se mostrar e no medo de existir diante de outras realidades

Monossilábicos são muito chatos pouco monogãmicos e muito redundantes pouco abrangentes e quase nada fundamentais

Vagando por outras vidas vejo postagens deprimentes e inconsequentes entre delírios delirantes e estórias tristes com finais felizes

Divagando em pensamentos poemas frases curtas humores ácidos revejo seres buscando palavras inteligentes imagens impactantes romances impacientes e expressões non sense…

Midíaticos me causam nauseas me trazem horrores ao perceber o que somos e o que podemos ser diante da tela atrás das celas que a todos esconde…

E assim sigo nesta viagem “curtindo e compartilhando”

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...QUANDO ME OLHAM PENSAM QUE EU PENSO PEQUENO MAS, NA VERDADE EU PENSO GRANDE SEM TENTAR SER ARROGANTE SEM ACHAR QUE EU SOU GIGANTE !... NÃO ME ORGULHO DE SER DIFERENTE ME ORGULHO DE NÃO SER IGUAL...

Incompatibilidade De Gêneros

Toda vez que eu te vejo você some Toda vez que eu te quero você come Toda vez que eu te pego você foge Toda vez que eu acordo você dorme Toda vez que eu ressuscito você morre Toda vez que eu apareço você corre Toda vez que estou  lúcido você porre Toda vez que estou dentro você fora Toda vez que enlouqueço você coma Toda vez que eu enxergo você cega Toda vez que eu gemo você grita Toda vez que eu tento você nota Toda vez que eu choro você sorri Toda vez que eu preciso você nem aí Toda vez que eu peço você sorry...

O nú é o meu traje de gala

Dor de cabeça noite adentro Duas bocas se fundem em orgasmos salivares Busca frenética do novo e desconhecido Seres estranhos na notícia de primeira página: Duelo de Titãs entre o sono e o elástico da lingerie apertada agressão gratuita ao que há de mais belo: o corpo Alguns passos adiante no ponteiro do relógio pressão caindo e adrenalina oscilando entre o desepero e a insuficiência cansaço dos corpos aprisionados em vestes diuturnas e sociais - quisera voltar pra selva ou pra barriga da mamãe ! mar de cabelos em minha boca e os pés transpiram sem o sentido do tato sob meias de lycra minha mão/boca/corpo repousa sob seios graciosos e macios ocultos e não revelados sob panos opressores menina bonita e criança que enredo em meu peito e adormeço Vontade de recriar a noite sem dores, sem medos, sem roupas, sem prazo para desligar os corpos que busquem descobrir-se por inteiro…vontade de fundir olhos corações poros e descansar de prazer no infinito… pra Epiphany