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Mostrando postagens de dezembro, 2018

O tempo das Coisas

o tempo das coisas acredito que podemos ter todo o tempo que há no mundo tempo pra se olhar no espelho e ver a si mesmo tempo pra parar um tempo sentar na praça e observar tempo pra deixar o olhar conversar um pouco tempo pra sentar com o outro e conversar uma hora, dez, um dia tempo pra dar um tempo e conversar uma vida se pudermos ser seremos se pudermos ter teremos se quisermos querer queremos se tivermos que fazer fazemos se tentarmos já não ser não somos se tivermos que esconder eu sumo e não te encontro se tivermos que viver um sonho sonharemos nossas vidas se tivermos que morrer um dia que seja sem dor que seja breve e assim nunca esqueceremos da estrada do olhar do toque na mão do gosto do lábio do calor do afago e do abraço... seria bom se tivesse sido ontem se for hoje também tá valendo será bom se tiver sido antes se for só um instante vai valer pela lembrança agora se continuar sendo amanhã vai ser ainda mais interessante seremos bons se tivermos sido tanto.

Quebra Cabeça Literário

( pra se ler de trás pra frente do fim pro começo de uma só vez em capítulos em pílulas ou por partes como diria jack o estripador pra ver só um momento uma frase um lamento como reflexões pra construir um pensamento pra construção de algo que ainda virá a ser pra desconstruir aos poucos o meu ser pra pichar no muro como intervenção da alma pra se esquecer e descartar se não houver verdade pra ser absorvido em pequenos goles no café da manhã ou nas madrugadas antes de adormecer...) nem morando nem come morando... minha angústia existencial se desfaz com a minha existência racional... Nem só de meias verdades de caras metade de ritmos tensos vive um homem, também é preciso um pouco de paz e poesia e um tanto de líquido... meus sonhos pendurados no varal minha mente divagando imersa na escuridão minha doçura estampada no seu prato... "Respeitem os meus cabelos brancos"...minha cara pàlida, minha mente lúcida, minha vida insana, meus ver

Lamento passional para cortar os pulsos...

lamento passional para cortar os pulsos eu te transformo você me transtorna eu te copio você minha cópia eu capto você na minha retina você capta a minha alegria eu te ofereço uma melancia você me faz melancolia você indo eu vindo e me ouvindo você de partida e eu chegado você nos meus planos eu nos seus sonhos você existindo e eu insano... se você me desprezar eu me jogo da ponte do rio kwai se você me esquecer eu me afogo no rio tietê se você nem me ver eu embarco num challenger e te esqueço no espaço... e se ainda assim eu não deixar de lembrar de você me interno numa UTI e peço uma lobotomia sem direito a reversão e de preferência com um coma de brinde pra me embrenhar na solidão... você me rejuvenesce eu te rejuvenesço você minha liberdade eu sua alforria...

O existir pode ser mais longo que desistir

Penso que os dias são belos quando conseguimos viver um dia inteiro Tento fazer de um instante um momento que se transforme num acontecimento Tenho pra mim que o presente é o meu futuro mais urgente Sinto uma tristeza imensa quando vivencio muitas alegrias Porquê não somos tudo isso, porquê não somos só isso Somos um pouco mais e um pouco menos do que podemos ser E aí o meu riso  o meu choro se confundem na sua cama Na sua calma e na sua pressa de definir as coisas na necessidade de dizer que é isso ou aquilo Toda a certeza dos meus dias se confundem na incerteza dos meus sonhos Tudo pode ser um vir a ser quando pensamos que ainda nem somos Que nem fomos o que podemos ter...

a primeira cobertura a gente não esquece

a primeira cobertura a gente não esquece cobrimos a dor que não cessa cobrimos a lembrança que não se esquece cobrimos a história que não se modifica mas que pode ser alterada quando se contam as estórias cobrimos um nome com um movimento na água, na alma que tenta encontrar forças pra voltar a andar cobrimos o choro e o lamento pelo sorriso e a esperança de vir a ser de novo cobrimos o som do cansaço com o tempo e o espaço cobrimos o riso o sono a lembrança e o contrato cobrimos o braço cansado com um abraço apertado cobrimos de dias e de deus o sentido sem fim... e amanhã podemos cobrir o ontem com o hoje e voltar a existir...